segunda-feira, 30 de julho de 2012

Querido Humberto,


Faz hoje 5 anos que perdi uma parte de mim e desde então tenho andado por aqui a tentar sobreviver da melhor forma. Deus tem sido muito meu amigo e tem posto coisas e pessoas novas no meu caminho, tem-me ajudado a superar-me a mim mesma, tem colocado obstáculos na minha frente que antes nunca diria capaz de superar mas há sempre alturas em que é difícil concentrar-me nisso e a dor da perda, a saudade, volta a tomar conta de mim. Não é preciso ser uma data marcante. É algo que está sempre comigo e 'bate' a qualquer momento.

Não diria que se tornou mais fácil de suportar com o tempo. Apenas se tornou mais fácil de empurrar para um cantinho da minha mente. Quando essa saudade se liberta da sua pequena prisão, a dor é tão intensa quanto antes. Todo aquele desejo de ter mais um dia para te ver, segurar na tua cara como costumava fazer com a barba acabadinha de fazer, abraçar-te mais uma vez - volta tudo.

Mas uma coisa é certa. Eu amo-te, pai, com todos os teus defeitos e virtudes, sinto saudades do teu riso malandro, das tuas palmadas, até de quando te zangavas. Sinto verdadeiramente saudades de tudo o bom e mau e porquê? Porque tu tinhas um coração verdadeiramente bom. Nada do que fazias era por maldade. E quando isso é tão raro nos dias de hoje, só me faz valorizá-lo mais mas também ter mais saudades ainda.

A vida nunca mais será a mesma, isso é certo. Mas se Deus me pôs  e me mantém aqui, é porque Tem algo para mim e eu não posso ignorar ou desprezar isso. Tenho de continuar a viver como tenho vivido até aqui: certa de que o meu querido pai foi numa viagem, uma viagem muito, muito longa, e que eu irei revê-lo. Apenas tenho de ser paciente.

Obrigada por tudo o que me ensinaste, por palavras e principalmente por gestos. Obrigada pela tua paciência, pela tua sabedoria, pela tua beleza. Não tenho dúvidas de que estás bem. Só espero que, quando a minha viagem chegar ao fim, tenhas tanto orgulho em mim como eu tenho em ti.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Mais Olhos Que Barriga

Eu sou do tempo em que não havia comida de plástico. É verdade, não sonhava que existisse um McDonalds, uma Pizza Hut e outros sítios do género que hoje em dia tanto insistem em serem chamados de restaurantes e garantirem que usam 100% carne de vaca e os produtos mais naturais, a ver se ganham um pouco mais de credibilidade.

Pois. Quando eu era miúda, íamos a um restaurante de verdade. Ou fazíamos pique-niques. Normalmente com o belo do frango no churrasco. E nessa altura, era perfeitamente natural disponibilizarem 1/4 de frango. Essa era a dose individual. Hoje em dia, se peço meio frango para mim e quem quer que me esteja a acompanhar, ficam muito surpreendidos, perguntando invariavelmente se não quero mais nada.

As pessoas já não sabem comer, para mim é um facto. E o pior é que não têm consciência disso. Tomam por usuais alimentos que nos fazem tanto mal, que devem ser consumidos muito de vez em quando. Não sei como as coisas chegaram a este ponto mas entristece-me muito, particularmente quando olho para a quantidade de pessoas obesas, em especial crianças. Já para não falar nas doenças invisíveis, das quais ninguém sabe, muitas vezes nem a própria pessoa. É normal, é habitual, se os outros fazem é porque não é assim tão perigoso.

Pois eu decidi que não tenho de ir pelo mais fácil e pela norma tão infeliz, mas sim pelo que me torna uma pessoa mais saudável. Posso ter uma preguiça enorme no que toca a fazer exercício mas caramba, a alimentação eu hei de controlar! Está perfeitamente dentro do meu alcance e, muito sinceramente, é uma questão de hábito! Nos últimos 3/4 meses mudei radicalmente a minha alimentação e estou a ver os resultados. Não só a nível de perda de peso mas do aumento da energia e menos problemas de digestão, embora ainda os tenha mas por outros motivos que aparentemente não há nada a fazer, e funcionamento do meu corpo em geral. E sabem que mais? Não foi tão difícil como eu pensava.

Tenho pena que a maior parte das pessoas encarem a minha mudança como um 'exagero' quando, no fundo, apenas faço aquilo que a grande maioria dos médicos recomenda (como em tudo, há sempre excepções). O que é mais curioso é que continuo a comer coisas que fazem menos bem, mas como as pessoas não me vêem fazer isso, presumem que sou fanática e sigo tudo à risca. 


Antigamente, comia-se o suficiente. Não havia grandes excessos, que me lembre. Será que o mundo se tornou tão hedonista que quem tem um pouco de espírito de sacrifício deve ser com certeza masoquista? A busca de prazer sobrepõe-se a tudo? Em tudo, não só na comida. Será que se tornou errado haver limites, contrição? 

Eu apenas aprendi a ouvir o que o meu corpo me pede. Se pede bastante açúcar, eu dou-lhe bastante açúcar. Simplesmente faço-o (ou tento fazê-lo, porque sou fraca e falho) quando mo pede, o que é se calhar uma vez por semana, 2 no máximo, quando antes o fazia se calhar todos os dias. Isso sim é uma 'excepção'. Não passar a ser dia-sim, dia-não. 

Claro que não é fácil, implica espírito de sacrifício, mas quando vejo o que ganhei até hoje, não consigo parar, é toda a motivação e inspiração de que preciso. E claro que muitas vezes não resisto a certas coisas, mas a diferença é que agora o faço muito menos vezes e em menos quantidade a acima de tudo com plena consciência dos meus actos e das consequências que deles advenham. Já não finjo que nada aconteceu.

A coisa que mais gostava era que deixassem de me perguntar de sobrancelhas arqueadas se estou a fazer dieta quando tomo as decisões mais acertadas para a minha saúde. Não, não estou a fazer dieta. As dietas são, regra geral, coisas muito perigosas e/ou de carácter temporário que normalmente fazem mais mal que bem. Eu sofri uma reeducação alimentar, se bem que ainda tenho muito que aprender. Capiche?

Este é um dos meus objectivos para o que tem sido o meu ano de grandes mudanças (e mais virão!). É uma coisa que quero muito e, portanto, vou lutar para conseguir. Hei de ser cada vez mais saudável. Não é mais magra, é mais saudável. E gostava que toda a gente percebesse isso em vez de julgar. É que é uma distinção bem grande. Que faz toda a diferença, tanto em termos de resultados como de motivação.

Como disse, fico triste por ver a quantidade de pessoas à minha volta que poderiam estar a sentir o que eu sinto cada vez que me levanto com mais energia e mais bem disposta. Mas aceito que não chegou o momento delas ou se calhar ainda não é suficientemente importante para elas. Só posso esperar que um dia seja. Mas acima de tudo, acho importante que haja respeito e compreensão de ambas as partes.



Obrigada por lerem :) 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Tempo

Quantas vezes temos a sensação que os dias são todos iguais? O mesmo trabalho, as mesmas pessoas, as mesmas rotinas, tudo igual. Pois. Só que um dia paras para pensar e apercebes-te que passaram alguns 10 anos. Seja porque passas por um sítio ao qual não ias há imenso tempo e está tão diferente ou porque te olhas ao espelho e vês rugas novas ou porque vês um chavalo com quem andaste ao colo que já é adolescente com as calças a cair pelo cu abaixo e plena convicção que o mundo é seu. Há sempre momentos em que és chamado/a à realidade. E aí sim perguntas - para onde foi esse tempo todo?

Por vezes, a (re)descoberta leva-te a reflectir no que aprendeste nesse tempo que supostamente perdeste. E acredita que te lembrarás sempre de alguma coisa. No meu caso, julgo que das lições mais importantes que retive foi precisamente a noção do tempo. Quando somos crianças ou adolescentes ou mesmo jovens adultos parece que o único tempo que existe é o presente. E então vivemos tudo com emoção redobrada. O que é muito bom, até um certo ponto. Mas a verdade é que, à medida que envelheces, começas a perceber que nada é eterno. Se calhar começas a dar mais valor a tudo o que tens de bom na tua vida e a não desesperar tanto com as coisas más. Porque tudo é passageiro. A vida é feita de ciclos e tu não deves exigir apenas tempos bons e praguejar quando vêm os maus porque se esses não existissem tu nunca darias valor aos bons e desperdiciarias muito mais do que já o fazes.

Por isso, hoje escrevo para ti que estás a crescer. Quer tenhas 7 anos ou 70, estás sempre a crescer e nunca é tarde para aprender e para dar graças pela história que tem sido a tua vida. Tu que estás a sofrer, tem fé, tem esperança, porque melhores tempos virão. Não sobrevivas apenas, mas vive. Aproveita este tempo para reflectir na tua vida. Escrutiniza a tua história à procura de lições. Porque essas sim ficam para a vida. 


As memórias são eternas. E um dia tudo o que conheces hoje será uma memória. Portanto não te rendas à rotina, não julgues que este dia é igual ao anterior porque todos os hojes são uma segunda hipótese para tudo o que não fizeste ou fizeste mal ontem. Acorda com um sorriso nos lábios e vive.



terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Uma Redescoberta do Eu

ANO NOVO, VIDA NOVA!




Resolvi que este slogan seria mais do que isso este ano. Está na hora de parar de esperar que o mundo mude e começar eu a fazer por mim o melhor que posso. Já não era sem tempo.
Cedo percebi que, para levar isto a cabo, seria necessário que se cumprissem dois requisitos essenciais:

1. Eu quisesse fazer isto por mim e não por imposições ou pressões externas;

2. Eu estivesse bem ciente da disciplina que este grando passo implica e aceitá-la de coração aberto.


Tudo isto começou quase como uma brincadeira, um pensamento aleatório cerca de uma semana antes do ano novo. Pensei para comigo... Será que é desta? E fiz as duas perguntas principais: Quero? Consigo?

Sabia que o conseguir estava dependente da minha força e resistência, que acreditava piamente não possuir. Mas depois percebi que só eu estava no meu próprio caminho e que tinha pelo menos de tentar, devia isto a mim mesma! Se conseguisse, espectáculo! Até que enfim!! Se não, paciência, só me desiludiria a mim mesma e tentaria mais tarde.

Não vale de nada fazê-lo para agradar a terceiros. Mais cedo ou mais tarde, isso não será suficiente. Nem por causa das imagens ou mensagens escritas acerca das consequências do acto. Até se querer mesmo, não vale a pena.




PARTIDA... LARGADA... FUGIDA!!





Não fumo desde a meia-noite e cinco minutos do dia 1/1/2012. Portanto, há cerca de 70 horas. Tem sido difícil... Acho que ainda não estou plenamente convencida de que tem sido real. Parece que me tenho estado a iludir, a desviar a atenção do inevitável. Não sei quanto tempo vou aguentar, mas espero que muito... Quiçá para sempre!
Nestes três dias já tenho notado mudanças espantosas. Não sei, talvez até seja psicológico, mas que as sinto, sinto. 

Escrevo isto por duas razões. Primeiro, para me manter no caminho certo - para ir relendo e, dessa forma, recordando o meu objectivo. Olhos no prémio e tal. Em segundo lugar, com a esperança de que estas palavras ajudem alguém. Por isso, quando me refiro a 'ti' ao longo do "artigo", estou a dirigir-me tanto a ti que estás a ler estas palavras como a mim.

Ao escrever, apercebi-me que estes pensamentos são válidos para muitas coisas, não apenas para deixar de fumar. Sei que quer se queira largar o tabaco, perder peso que ganhaste porque te viraste para a comida como conforto, deixar as drogas, etc - tudo isto são vícios e o princípio para os ultrapassar é o mesmo.

É que sempre que te submetes ao teu vício, o mesmo acontece: sabes que estás a fazer-te mal e, portanto, vais-te habituando a abstrair-te do acto, recusando-te a lidar com ele. Crias justificações, sendo a mais comum "eu mereço".
"Passo a vida a fazer sacrifícios, mereço este bolo."
"Apetece-me e pronto, deixem-me em paz!!"
"Tenho de fumar senão vou-me a ele!"
"Posso parar quando quiser, só que agora não quero."
"É o melhor para toda a gente. Ou isto, ou desato a barafustar com tudo e todos!"
"Isto não faz tão mal como dizem."

Desculpas, desculpas e mais desculpas. Já para não dizer completas mentiras. Vais repetindo-as ao longo da tua vida, até que se tornam verdades absolutas. Só que são verdades que mais ninguém compreende, senão paravam de te chatear. É apenas normal que desates a espingardar com as pessoas nessas alturas, pois claro, é que não há paciência! E então torna-se necessário esconderes o teu vício. Para não haver chatices, claro. Não que estejas a fazer algo de errado. Mas não tens que dar justificações a ninguém e assim ninguém se chateia. 

Ilusão, tudo ilusão. O que estás a fazer destrói-te - e tu sabe-lo. O prazer momentâneo implica que tenhas de abdicar do prazer e gratificação a longo prazo. Mas recusas-te a enfrentar esse facto, porque isso significa assumir que és tu que te estás a autodestruir e, acima de tudo, que não te amas. Pois é. Se te amasses, não o farias - tão simples quanto isso. Se te amasses, quererias mais e melhor para ti. Não te sabotarias. Não minarias cada passo do teu caminho.

Se alguma coisa do que disse faz sentido para ti, talvez me queiras perguntar porque decidi tomar este passo agora. Porquê agora? Porque não continuar a adiar até dia de S. Nunca à Tarde? Pois... Acho que não sei bem responder. Suponho que, dado o primeiro dia do ano estar associado a um novo começo, como o ditado indica, pareceu-me o mais apropriado. E porque faltavam poucos dias até essa data. Mas acima de tudo acho que um dia acordei e me obriguei a lidar com os factos anteriormente descritos. Ao invés de fugir, como habitualmente, fiz-me perguntas muito difíceis como "Mas afinal porque é que eu não quero melhor para mim? Porque é que acredito que não mereço? Porque é que me aceito como fraca?" Obriguei-me a olhar para a realidade. Não para o mundo externo (isso já é uma história completamente diferente...), mas para mim mesma. Deixei as desculpas e as expectativas das outras pessoas à porta e perguntei-me o que é que eu queria. Respondi-me que queria ser feliz, mas não sabia como e tinha medo. 
Medo do quê? 
Do desconhecido. 
Então começa pelo que conheces. Sabes o que queres - explora-o. Mas sobretudo conhece-te a ti mesma, tem a certeza do que és e do que queres.

E foi o ponto de partida.



PLANEAMENTO




Cada vez que perguntava a alguém como tinham conseguido parar de fumar, invariavelmente respondiam-me que o tinham feito da noite para o dia. Que um dia decidiram parar e o fizeram, pura e simplesmente. Ora eu não me via a fazer isso, pelo menos não sem um plano, porque tenho consciência que sou a minha maior sabotadora. Portanto, estes foram os passos que fizeram sentido para mim, de modo a poder antecipar-me aos obstáculos que inevitavelmente criarei.

1. Fazer uma lista das motivações
Mais cedo ou mais tarde, sei que me vou perguntar "Qual o objectivo de tudo isto? Apetece-me, vou fumar e pronto!"
Portanto, eu quero deixar de fumar porque:

a) Quero respirar melhor. 
b) Quero ter um cabelo, uma pele, umas unhas e uns dentes mais bonitos e saudáveis, bem como todos os meus orgãos internos.
c) Quero estar livre de vícios. Que nada me controle.
d) Quero ter um hálito fresco e mucosidades de cor normal.
e) Prentendo oferecer-me uma limpeza e talvez até um branqueamento dos dentes se me aguentar sem fumar até ao meu aniversário.
f) Quero dar um melhor uso ao meu dinheiro e, se possível, poupar algum.
g) Porque mereço ser mais feliz e saudável.
h) A minha fé. Se não soubesse que há alguém que me ama independentemente das porcarias que eu faça, não sei se seria capaz.

2. Prever desculpas possíveis
Conhecendo-me como conheço, sei que vou tentar arranjar justificações para não me manter dentro do plano. Estas são das piores tentações que existem, porque fazem tanto sentido que se sobrepõem às motivações. A importância destas duas listas é enorme, porque chamam a atenção para duas características intrínsecas ao 'programa', se assim o posso chamar: humildade para perceber que as regras e a disciplina existem por uma razão e que não pode haver atalhos nem excepções.

a) "Já gastei dinheiro no maço... Agora tenho de o acabar né?"
O dinheiro que poupas ao não o fumar é infinitamente superior, porque depois de acabares esse, o mais certo é que irás comprar outro. E não vale mesmo a pena correr esse risco. Paras quando escolhes parar, não quando o maço acaba.
b) "Só mais um cigarro, começo depois."
Não existe isso do 'só mais um'. Enquanto tiveres essa mentalidade, estás a iludir-te. Tomaste uma decisão. Cumpre-a. Não te desiludas a ti mesma/o.
c) "Eu também não quero viver para sempre!!"
Não irás viver para sempre de qualquer das maneiras. Mas o mais provável é estares a escolher activamente se acabas os teus últimos dias/meses/anos relativamente saudável ou completamente dependente de terceiros. Salvo acidentes/doenças que não possas prever, é isso que está a acontecer a cada dia que permites que passe. E depois já é tarde para lamentar. Só existe o agora.

Nota: É importante criar estas duas listas enquanto estás calma/o, para poderes pensar com clareza e considerar bem todas as possibilidades, explorar todas as fraquezas e assumi-las, planear como as corrigir e, portanto, a longo prazo, aprenderes a amar-te mais e melhor. Se deixares algo ao acaso, mais tarde vais arrepender-te. A mente é muito perversa, especialmente quando entra em modo de sobrevivência.

3. Escolher uma data.
Nem muito perto, nem muito distante, de modo a dar tempo de aceitar a nova realidade mas, ao mesmo tempo, não correr o risco de cair no esquecimento ou no utópico e continuares a adiar o dia eternamente.
No meu caso, aproximadamente uma semana, ao longo da qual, a cada cigarro que fumava, perguntava-me "Será que este vai ser o último?" E como me sentiria se o fosse. Aceitar essa realidade progressivamente tornou a decisão mais fácil, bem como o cumprimento da mesma.

4. Mentaliza-te de que é precisa muita disciplina!
Vai ser difícil, mas não impossível. Vai haver alturas em que te apetecerá fazer a birra do "quero, posso e mando", mas é preciso humildade e respeito por ti mesma/o para perceber e aceitar que o que te queres dar no momento tem um preço demasiado elevado: implica negares-te algo que mereces, sob o falso pretexto de estares a ganhar, a lutar contra imposições externas, algo ou alguém que te quer tirar algo que mereces. Compreende e assume que és tu que estás a criar esse mito e age em conformidade.

5. Identifica as alturas mais críticas.
Seja pela altura do dia, seja por mecanismos de associação ou determinadas circunstâncias, há sempre momentos em que é mais difícil combater o vício. No meu caso, era a associação à comida. Nem que comesse uma migalha, teria de fumar logo de seguida. Aprender a reconhecer estas situações é meio caminho andado para as corrigir.



EXECUÇÃO




Ok, da teoria à prática. Chegou a data previamente estabelecida. E agora?
Das duas, uma: ou vais em frente ou desistes de tudo. Mas se desistires, assume-o. Não te enganes a ti mesma/o. Se inventares desculpas em vez de assumires as tuas fraquezas, estás novamente a alimentar as ilusões que te impedem de progredir e nunca conseguirás tomar o passo inicial e muito menos cumprir 
o plano a longo prazo.

1. Dá-te algum tempo.
Este passo foi muito importante para mim. Por exemplo, as perguntas que ia fazendo enquanto fumava naquela semana em que tomei a decisão. Aceitar a realidade progressivamente.
Durante a fase do planeamento, eu achava que queria mesmo seguir em frente, mas não tinha a certeza se o faria, porque sabia que, a partir do momento em que o fizesse obrigada, lá se ia a lista das motivações e começaria a disparar o rol das desculpas. Portanto, embora ainda não tenha a certeza se consigo, tenho definitivamente mais confiança do que antes. E sei que, se levar as coisas com calma, consigo.

2. Assume.
Passaram alguns dias e já assumiste o compromisso perante ti mesma/o. Muito bem, agora faz o mesmo com as pessoas que te rodeiam. Vais precisar do seu apoio.
É isso que estou a fazer agora. E, embora sejam palavras num ecrã e não proferidas presencialmente, para mim têm o mesmo efeito. Porque sei que ao fazer isto não terei problemas em falar cara-a-cara.

3. Testar alternativas.
Sejamos realistas, tens de encontrar algo para fazer quando te bate aquele desejo. Mas atenção, escolhe algo que não te crie ansiedade! Não vale a pena pores-te a jogar no computador ou na consola ou mesmo a ver um filme de suspense intensivo, pelo menos nos primeiros tempos. Algumas opções:

a) Livro
b) Cruzadex ou outros passatempos
c) Exercício

Detesto fazer exercício. Mas, de vez em quando, lá salto para a elíptica. É que acabo por me esquecer do esforço que estou a fazer porque fico completamente maravilhada, ou quase hipnotizada, pela facilidade que já tenho em respirar. Já não há assobios quando respiro fundo e muito menos dores! Isto em menos de três dias. De novo, talvez seja psicológico, mas que me sinto melhor sinto. E não há nada que valha a pena perder isto.
Outra alternativa frequente e, a meu ver, inevitável é a comida. Não dá para fugir, vais querer meter qualquer coisa à boca. E a pastilha só resulta às vezes. Portanto, rodeia-te de comida  minimamente saudável. Eu ando sempre com frutinha e iogurte. Hmmmmm iogurte grego... Que delícia!!

4. Afastar as tentações.
Quando te sentires preparada/o para o próximo passo, tira o tabaco da mala, lava e arruma os cinzeiros, foge dos amigos fumadores, etc. Remove todas as tentações.
Ainda não tomei este passo na totalidade porque acredito que é cedo para o fazer. Quero sentir que isto é uma decisão minha. Portanto, quero continuar a andar com o tabaco na mala por uns tempos, saber que está lá e que sou eu que escolho não lhe tocar. É a maior prova de que sou capaz: sou eu que tomo a decisão porque é o melhor para mim, não porque me obriguei. Quando sentir que o vício já não chama tão activamente por mim, aí sim vejo-me livre de tudo.

5. Sempre alerta!
Quando comecei tudo isto, por incrível que pareça o que mais me assustava era que a dada altura começasse a fumar sem dar conta disso. E ainda é! Maldito vício de mão. É verdade, muitas vezes pegava no cigarro sem me aperceber, especialmente se estivesse a fazer outra coisa ao mesmo tempo, como falar ao telemóvel. São muitos anos de treino do faz-de-conta-que-não-aconteceu.
Portanto, especialmente enquanto não tomares o 4º passo, é muito importante estares sempre consciente do que estás a fazer. Isto aguça cada vez mais a disciplina, força-te a conheceres-te melhor, a assumires activamente as tuas acções e respectivas consequências e, portanto, a evitar qualquer tipo de descuido.

6. Praticar técnicas de relaxamento.
Estas são particularmente úteis e necessárias nas situações descritas no ponto 5 do Planeamento.
Voltemos ao meu exemplo pessoal, o da comida. Muitas vezes ainda estou a mastigar e já o desejo de fumar é irresistível. Nesses momentos, paro, respiro fundo, mastigo mais devagar e concentro-me em saborear a comida. E não é que resulta??
Obviamente tento fazer o mesmo em qualquer situação de stress. Paro, respiro fundo, olho para a situação objectivamente e analiso o que posso mudar; o que não posso, tento pôr para trás das costas. Isto tem feito maravilhas pelo meu sistema nervoso, embora ainda tenha de aperfeiçoar muito o método. Mas pelo menos já tenho a teoria!
Independentemente do que aconteça, o importante é identificar o que está a suceder e lidar com isso.


7. Celebrar as pequenas vitórias.
Este é um dos passos mais importantes, na minha opinião. Noto que quando festejo o facto de me ter conseguido acalmar antes de pegar no cigarro, tenho mais força da próxima vez que isso acontece. Porquê? Talvez porque, ao celebrar, estou a assumir activamente que sou capaz, o que significa que essa desculpa vai perdendo efeito. E, por outro lado, para fazer face ao prazer que recebes com as gratificações instantâneas que te fazem tanto mal. 
Por isso, é muito importante saborear o momento, para ele ficar bem gravado na nossa memória - tanto a conquista como a sensação da mesma. Aos poucos, vais-te apercebendo que aquilo custou mas valeu bem a pena. 




RECAÍDAS




Ainda não tive nenhuma, mas sei que estão à espreita. 
Também sei que não acontecem do nada. Sucedem quando abdicas do controlo. Quando deixas de assumir activamente o que fazes e as consequências dos teus actos. Quando te rendes ou, simplesmente, "deixas andar".

1. RED ALERT!!
Como acabei de dizer, as recaídas não acontecem do nada. A meu ver, há uma espécie de escala de ansiedade que culmina na recaída. Por isso, o passo 5 do Planeamento e o 6 da Execução são tão importantes. Quanto mais te treinares para identificar as situações que te causam mais ansiedade e praticares contrapartidas, mais fácil se torna evitar este desfecho. No meu caso, já referi o falar ao telemóvel. Quase me torno num autómato. Portanto, nessas alturas, tenho de me afastar do tabaco. Um dia o meu cérebro já estará reprogramado, mas por enquanto é preciso ter todos os cuidados e mais alguns. Aprende como a tua mente e o teu corpo funcionam, para evitares chegar ao ponto crítico.

2. Pede ajuda!
Não tenhas medo nem vergonha de pedir ajuda aos teus amigos, seja que não fumem ao pé de ti, seja pegar no telefone quando nada parece resultar. Eles querem o melhor para ti. Mas tu também tens de o querer, antes de toda a gente. Portanto, tens de ter humildade para pedir ajuda e respeito por ti mesma/o para quereres o melhor para ti.

3. Pronto, já fostes.
O inevitável aconteceu. Tantos planos, tudo estudadinho, para nada. Acendeste o cigarro, inalaste o fumo e expiraste-o.
Nada de pensar "Pronto, não consigo." ou "tento noutra altura". Se há coisa que aprendeste com tudo isto é que só o presente conta. Se te dizes que tentas depois, então mentiste-te a ti mesmo quando tomaste a decisão inicial. O que te faz acreditar que no futuro algo será diferente?
Apaga o cigarro, aceita a derrota da batalha e prossegue com a tua guerra.



CONCLUSÃO




E pronto, fico-me por aqui. Não sei se leste realmente tudo mas espero que sim, porque cada palavra significa muito para mim.

Como disse algures no início, acredito que o princípio base é comum a vários tipos de vícios, portanto rogo-te: se estás a pensar em pegar num cigarro, não o faças. Se consideras fazer algo que sabes que está errado e te vai fazer mal, não tomes esse passo. A tua consciência é a tua melhor amiga - não a cales. Não arrisques a tua vida nem a tua felicidade. Não vale a pena.

Já viste bem o tamanho disto? Este texto enorme retrata o que eu considero ser necessário para combater algo que me atormenta secretamente há aproximadamente 10 anos. É muito, muito difícil encarar a realidade em vez de me entregar às desculpas. E nem sei se conseguirei. O que sei é que é infinitamente mais difícil e complicado do que quando fumava os primeiros cigarros convencida de que conseguiria parar quando quisesse.

Tu mereces ser feliz. Não deixes que nada nem ninguém te convença do contrário. Luta contra o gratuito, luta por ser feliz, não baixes os braços. No fundo, sabes que nada realmente bom vem facilmente. A verdadeira felicidade provem da conquista, saber que mereceste obter o que tens. Sê paciente. E, acima de tudo, ama-te. Cada vez mais.





quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Esqueço-me de que tenho fome

Quando tenho fome, rapidamente fico impaciente. E depois começo a ficar progressivamente irritada até ficar completamente zangada e impossível de aturar. Por isso não entendo como fui capaz de me esquecer que tinha fome. Os sintomas estavam todos lá.

Há meses que me sinto triste, depois irritada, depois zangada. Com pequenas coisas, depois com grandes. Tento perceber porquê e na altura os pensamentos lá parecem fazer sentido, porque depois torno a entrar na rotina. E lá vou eu, andando, sem me aperceber da fome que me devora, me consome.

Este mundo angustia-me. Aquilo que às vezes penso é que gostaria de ter nascido há pelo menos 100 anos atrás. Que o mundo fazia tão mais sentido nessa altura. Havia normas, havia moral, havia respeito... Olho para o mundo de hoje e parece-me completamente caótico. E, paradoxalmente, também me parece completamente entediante. Como é que é possível que as pessoas ainda não se tenham fartado desta era da rebeldia, do eu? Todos os dias vejo textos e imagens no Facebook com constantes necessidades de afirmação do eu em detrimento dos outros e não consigo deixar de me perguntar por que raio as pessoas sentem necessidade de publicar essas afirmações ao invés de deixar as suas acções falar por si. Porque é tão importante dizer ao mundo que não se importam minimamente com alguém que não concorde com eles. 'Não gostas, há quem goste - manca-te'. Há provocações em todo o lado. 

Sexo. Violência. Negatividade. Sempre à minha volta e levo cada dia a pensar quando é que as pessoas se vão fartar disto. Do gratuito. Quando é que vão querer algo mais. Para si e para os que amam. Se é que amam alguém. A anarquia mascarada de liberdade. Eu eu eu, eu por todo lado. Só eu importo. Tu... Manca-te. Não me interessa o que tu pensas. 


Mas enfim, eu é que sou a beata e sabe-se lá que mais. Apenas porque quero algo mais. Algo melhor. Algo com substância. 
E então, como vivo angustiada, zangada, irritada, etc - não vejo. Algo tão simples. Realmente é quando menos esperamos que nos apercebemos das respostas que tanto procuramos.


Vinha a andar na rua. Tinha acabado de anoitecer. Deu-me para olhar para o céu e calhou ver a lua e uma estrela num céu completamente limpo através dos ramos de uma árvore despida. Nesse momento, tudo parou. O barulho dos carros, o cheiro dos tubos de escape e do cigarro que acabou de passar por mim, as pessoas a passar - até eu tinha parado, apesar de continuar a andar. E percebi que era só isso que precisava. Realmente é apenas preciso parar para cheirar as flores!! Quem diria. Naquele momento a minha fome foi saciada. Nada mais parecia ter importância suficiente para me deixar naquele estado.

Só espero tão depressa não me tornar a esquecer de que tenho fome. Porque o alimento está sempre à minha volta, só tenho de abrir os olhos... E parar.



quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Aprender a Saber Viver

"Ó Ana, tu tens de aprender a saber viver!"

Tenho ouvido muito esta frase ultimamente, por parte das pessoas que mais me amam, usualmente quando estou perante situações que me deixaram magoada e/ou incrédula. A expressão é geralmente acompanhada de uma aparência e tom de voz ora resignados/tristes ora irritados/frustrados. Porque realmente já são muitas vezes. Compreensível.

Só que eu continuo a tentar deslindar o que será isto de saber viver. Até agora, apenas consegui apurar que envolve não dizer aquilo que realmente se pensa e muito menos que se irá dizer a terceiros, presumir que as pessoas não são boas quando o aparentam ser e manter uma cara de póquer em todos os momentos. E depois quando penso nisso sou eu que oscilo entre a tristeza, raiva e frustração, porque recuso-me a aprender a ser assim mas sei perfeitamente que sou eu que tenho de mudar, não é o mundo à minha volta.

É que às vezes pergunto-me se as pessoas alguma vez olham para o quadro geral. Passo tempos infindos a pensar por que raio alguém agiria deste modo. Não consigo ultrapassar a mesquinhez. E quando olho à minha volta e ouço um a falar mal doutro e vejo a tremenda inveja... Por todo o lado, online e offline, só gente a queixar-se de tudo e mais alguma coisa! Percebo que está tudo ligado. É impossível. Esta gente não pode estar a ver as coisas como elas realmente são. Estão completamente iludidas, só pode!

Posso não saber muito nesta vida mas há algo de que tenho a certeza absoluta: Aquilo que todos nós tomamos como cliché é muitas vezes a mais pura verdade e pouca gente parece conseguir discernir o verdadeiro significado, descartando-o como "coisas bonitas de se dizer".


Isto é o que eu sei hoje: Está a chegar o Natal. Até agora, muito sinceramente, custava-me mas não era nada que não conseguisse suportar. Só que parece que este ano as coisas mudaram. Toda a gente (ou quase) está mais pobre. E então ponho-me a pensar - é desta. É desta que as pessoas vão ligar menos às prendas e mais aos entes queridos. E aí então bate a saudade, de uma forma e intensidade imensuráveis. Porque dava tudo para o ter na minha vida. 


Tenho estado a pensar e apercebi-me que, para lidar com a morte de uma das duas pessoas que considero indispensáveis na minha vida, fiz um excelente trabalho em convencer-me que ele tinha partido para uma viagem e que voltaria a vê-lo, se bem que pudesse demorar um pouco. Só que quanto mais tempo passa, mais me apercebo que, independentemente da veracidade da analogia, ele não está cá. E que o 'um pouco' na verdade soa interminável e depois faço birra e choro porque só quero abraçá-lo, vá lá, quem quer que mande na companhia aérea por favor permita uma breve interrupção na viagem porque eu só quero, eu PRECISO de o ter ao pé de mim!!! 

É verdade, é ridículo. A mente tem coisas muito estranhas. E só quem passa por isso sabe. O que eu sei é que dava tudo para levar mais uma palmada. Para ouvir a sua voz. Para sentir o seu abraço. E, perante isso, nada mais tem o significado que costumava ter.


Ora se tanta gente tem consigo as pessoas que mais amam e que mais as amam, como raio podem dar tamanha importância a coisas supérfluas? Como é que as vêem sequer como indispensáveis??

Não quero prendas. Há muitos anos que digo que não quero prendas e não quero mesmo. Mas do fundo do coração. E se fizessem mesmo muita questão de dar alguma coisa, gostaria de qualquer coisa feita pela pessoa, como por exemplo um cartão. Algo para onde pudesse olhar durante o ano e recordar e saber que foi feito especialmente para mim. Não quero nada. Só quero alguém. Bons alguéns.

E com isto e muito mais, dou por mim a oscilar entre um aparente mundo utópico e a realidade. E então invade-me uma tristeza imensa. Porque me apercebo do quão fácil é enganarem-me porque eu não sei viver. Basta dizerem-me algo e eu acredito. E ao descobrir e aceitar que não existem pessoas transparentes, perco completamente a confiança em mim mesma e no mundo. E fico triste. Muito triste.

Portanto se este Natal me quiserem dar alguma coisa... Dêem-me um abraço. Mas genuíno.

Boas festas a todos.

Beijinhos,
Ana


Amor mesmo, mas mesmo eterno.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ávinho 2011

No fim de semana passado desloquei-me a Aveiras de Cima (Azambuja), para assistir ao Ávinho, a festa do vinho e das adegas. O pessoal apenas tinha de adquirir uma caneca por 2€ e encher ao longo da noite pelas várias adegas espalhadas pela vila. A receita das canecas reverteu para a Cruz Vermelha, delegação de Aveiras de Cima.








Eu até pensava que não ia gostar daquilo porque detesto vinho, mas havia tanto para ver e o ambiente era de tal modo impecável que correu tudo às mil maravilhas. E sim, dei por mim a beber vinho! Comecei com a sangria mas depois fui buscar directamente ao barril, eheh. 





O festival teve início na sexta-feira dia 15 de Abril às 19h. Nesse primeiro dia havia não só o vinho mas também febras e pão à descrição. As restantes comidas e bebidas - pão com chouriço, couratos, bifanas, sumos, etc. - eram cerca de metade do preço.






Cheguei ao pé duma barraca e havia vários alguidares com febras, entremeadas e pão e uma travessa com sal. O pessoal chegava lá, tirava o que queria e punha a grelhar. A minha está algures na foto acima! E a sangria a 50 cêntimos a caneca também calhou muito bem. Muita animação à misura com a Bandinha da Filarmónica e a Fanfarra Fá Nem Fum. De acordo com o programa, havia também fados nas adegas, coisa que eu não sabia na altura e não fui ver. À noite foi o concerto dos Foll's.






No sábado houve o desfile etnográfico 'O Ciclo do Vinho'. Gostei muito. Vários tractores a retratar as várias fases do ciclo e as crianças e adultos vestidos com trajes típicos. 












À noite foi o concerto dos Homens da Luta, preferido de muitos, inclusivé eu. O vocalista não parou o concerto inteiro, o resto da banda também impecável e os discursos faziam rir o pessoal. Que se pode pedir mais?



No domingo dia 17 houve gincana de tractores, a Fórmula T e mais animação de rua. E claro, vinho, muito vinho, esse é que não podia faltar.




Terminou por volta das 19h. O ambiente era simplesmente espectacular, como já só se encontra nestas vilas típicas. Claro que houve pancada também, como não podia deixar de ser, principalmente às altas horas da noite, mas no geral a coisa correu muito bem e esteve sempre bem controlada. Não andava muito sem ver um GNR. E de acordo com o blog da Cruz Vermelha Portuguesa de Aveiras de Cima, apenas houveram 7 intervenções, novo record para o Ávinho.

Espero estar lá para o ano, foi sem dúvida uma experiência a repetir. Ah e não se esqueçam de ver o resto das fotos na minha página do facebook - http://www.facebook.com/MistLuna




E já sabem... Toca a beber com moderação :)
Bom início de semana para todos!